Como combater os terríveis insetos que incomodam no verão

Médicos explicam o que fazer em caso de picadas de mosquito, abelhas, aranhas, escorpiões e outros bichos. Veja ainda como se proteger

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Verão, calor, praia, férias e… Carnaval. O litoral, as casas de veraneio e os acampamentos estão cheios, pois é a época perfeita para relaxar e aproveitar o tempo com a família e amigos. Mas alguns incômodos às vezes podem surgir na estação mais quente do ano, com a companhia mais frequente dos mosquitos e pernilongos. Nesse período, por conta do calor, deixamos as janelas abertas por mais tempo, o que acaba facilitando a entrada deles no ambiente. As temperaturas altas e a umidade favorecem a proliferação desses insetos.

Além de desagradáveis, o grande problema associado a esses bichos é que eles estão entre os maiores transmissores de agentes causadores de doenças do mundo, como dengue, chikungunya, febre amarela, zika, malária, filariose, entre outras. Essas enfermidades são transmitidas por meio da picada do mosquito, que ocorre devido à necessidade da obtenção de nutrientes presentes no sangue para maturar seus ovos.

No verão, os dias ensolarados são propícios para passar mais tempo em praias, parques e bosques – em maior proximidade com a natureza. O que aumentam as chances de entrar em contato com insetos, aranhas e escorpiões ou água-viva. Por isso é importante saber o que fazer em caso de picada ou queimadura para reduzir ou evitar danos.

Picadas de insetos

E é exatamente nessa época do ano que os insetos ficam mais alvoroçados, uma vez que o calor acelera o metabolismo deles e, consequentemente, o ciclo de reprodução. Além disso, muitos deles precisam de água parada para fazer o depósito dos ovos, o que é favorecido pelas chuvas abundantes nessa estação.

Segundo Denis Miyashiro, dermatologista do Hospital Oswaldo Cruz, reações alérgicas são causadas principalmente por abelhas, formigas e vespas, mas deve-se ter atenção também aos pernilongos e moscas.

Caso tenha contato com algum desses insetos, deve ficar atento para os diferentes tipos de tratamento para cada lesão. Quando é leve, como uma picadinha de pernilongo, não se deve fazer nada porque a ferida tende a regredir espontaneamente.

“Para casos mais intensos, com lesões múltiplas, ou sintomáticas, é possível fazer o tratamento com medicamentos tópicos (cremes e pomadas) e sistêmicos (via oral) que aliviam a inflamação e a sensação de coceira”, esclarece.

De acordo com o especialista, vermelhidão, inchaço e formação de bolhas na região central da picada são alguns sinais de reação alérgica e deve-se ficar atento. Se permanecer por mais de três dias, buscar auxílio médico.

DengueZika e Chikungunya

Conforme Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os meses de altas temperaturas, são também quando ocorrem aumento na incidência de diagnósticos de DengueZika e Chikungunya.

O especialista alerta que os principais sintomas são febre, manchas vermelhas pelo corpo, dores musculares, cansaço e fortes dores de cabeça. E segundo ele, se houver alguma suspeita dessas doenças a principal recomendação é a de procurar atendimento médico por serem patologias que podem evoluir rapidamente para as formas graves.

Para se prevenir do mosquito Aedes Aegypti, deve-se eliminar pontos que podem acumular água parada.

“Terrenos descuidados com lixo, latas garrafas ou pneus são a grande fonte de criadouros do mosquito, mas também o quintal, jardim ou varanda podem abrigar os ovos do mosquito em vasos ou pratos de plantas, manter tudo limpo e evitar água parada é a melhor forma de prevenção”, aconselha o Dr. Ivan França.

águas-vivas

No verão é mais fácil e encorajador tentar uma trilha diferente ou ir à praia no tempo livre. E são nesses lugares em que é possível se deparar com diferentes seres-vivos, como as águas-vivas. As recomendações, no caso de contato direto, incluem não remover os filamentos para não se machucar mais, nem ferir quem está querendo ajudar, e lavar as feridas com água do mar em abundância, mas sem esfregar a região afetada.

“Água gelada pode ajudar a aliviar a dor e banho com vinagre inativa o veneno. Depois, os filamentos devem ser removidos com uso de luvas ou com auxílio de pinças. Se houver qualquer sintoma, como falta de ar, palpitações, ou sonolência, é fundamental procurar atendimento hospitalar imediatamente,” afirma o dermatologista Denis Miyashiro.

Aranhas e escorpiões

Aracnídeos, como aranhas e escorpiões, são facilmente encontrados nas matas, debaixo de pedras, tijolos, telhas a até entre as árvores. Logo, é recomendado sempre observar onde colocar as mãos. Se houver contato, o dermatologista recomenda procurar atendimento médico imediatamente. E se possível fotografar o aracnídeo para facilitar a identificação da espécie.

De acordo com os especialistas, há centros específicos para o atendimento às vítimas de acidentes com aracnídeos. Na cidade de São Paulo, o Hospital Vital Brasil, localizado no Instituto Butantan é a principal referência neste tipo ocorrência.

“Na maior parte das vezes, o principal sintoma de picada de aranha é a dor. Para alívio, é necessário fazer compressas com água morna e uso de analgésicos. Em casos graves, em que a vítima apresente febre, calafrios, sudorese, palpitações, náuseas e vômitos, ou em casos de picadas de escorpião em crianças, é necessário procurar o atendimento hospitalar para a administração do soro antiescorpiônico,” aconselha Miyashiro.

Para evitar aranhas e escorpiões, além de conhecer o local, é fundamental não acumular lixo e entulho, utilizar luvas e calçados adequados durante alguma prática ao ar livre e sacudir as roupas antes de utilizá-las.

Medidas de Prevenção

Mais eficiente do que saber como tratar um ferimento causado por algum inseto, é saber como prevenir o contato. Segundo Miyashiro, a melhor forma de evitar uma picada de mosquito, abelha ou formiga é conhecer o lugar a ser visitado.

Devem ser adotadas medidas como uso de roupas adequadas, com camisetas de manga longa e calças, que conferem uma proteção física contra o ataque. O especialista recomenta também que em casas de veraneio e sítios, sejam colocadas telas de proteção em janelas e portas e mosquiteiros na cama e berço.

Existem diversas alternativas para combater a multiplicação desses insetos. Primeiramente, fechar as janelas no final da tarde pode evitar que muitos deles invadam sua casa e, para impedir as picadas durante o dia, passar repelente no corpo é a melhor solução.

Uso de repelentes

“Os repelentes também podem ajudar, mas devem ser utilizados com segurança e com algumas precauções. Por exemplo, pode ser aplicado em crianças a partir dos três meses de idade, portanto, é fundamental prestar atenção nas informações contidas na embalagem do produto”, sugere.

Dr. Miyashiro explica que os repelentes, geralmente, têm duas formas de ação, podendo ser a base de Icaridina, que forma uma espécie de “nuvem” em volta da pele, afastando os insetos. Ou a base de DEET, composto químico que afeta os receptores de olfato dos insetos, dificultando a detecção a pele humana como fonte de alimento.

O dermatologista recomenda utilizar esses produtos antes da exposição ao ambiente, e lembra que sempre que se molhar ou transpirar excessivamente, lembrar de passar novamente junto com o filtro solar. Mas, é importante ter em mente, que esses repelentes atingem especialmente mosquitos e pernilongos.

Outras medidas que podem eliminá-los são:

  • borrifar vinagre nos balcões da cozinha, na porta de entrada e nas janelas;
  • colocar sachês de cravo-da-índia em gavetas no banheiro e na cozinha;
  • acender velas de citronela ou colocar ramos de hortelã espalhados pela casa, principalmente nos cômodos mais frequentados pelos moradores;
  • trocar frequentemente o lixo da cozinha, dificulta a reprodução dos insetos;
  • utilizar inseticidas, telas, redes para colocar sobre a cama e até latões com sacos de lixo bem vedados.

Água sanitária, uma aliada no combate à dengue

dengue voltou a preocupar as autoridades brasileiras.  E o momento exige ainda mais cuidado por parte da população. O período entre janeiro e o fim de março, marcado pelas chuvas de verão, costuma ser um momento crítico no crescimento da doença – locais com água empossada, como garrafas e pneus, são os principais focos do mosquito Aedes aegypti.

A boa notícia é que existem formas simples e baratas de se prevenir contra a dengue. Além de evitar possíveis focos, a utilização de água sanitária é uma medida eficaz para acabar com os focos da doença, pois o produto combate as larvas do Aedes aegypti. A água sanitária deve ser aplicada em potenciais criadouros, ajudando a evitar a proliferação do mosquito.

De acordo com Cristiano Corrêa, CEO da Ecoville, empresa especialista em limpeza, apesar de ser um produto barato e de fácil manuseio, seu uso deve ser visto como uma alternativa para reforçar os cuidados. Ele recomenda produtos da linha premium, com maior poder ativo do que a água sanitária comum. “O produto desinfeta, tem ação bactericida e conta com um componente específico para o combate às larvas do mosquito da dengue”, diz ele.

Segundo Corrêa, a utilização de 2 ml de água sanitária por litro de água é suficiente para o combate das larvas do Aedes. Mas algumas ressalvas são importantes. “Nesta concentração, a solução aquosa de água sanitária não é própria para ingestão de humanos ou animais e só deve ser utilizada para desinfecção.

Como usar a água sanitária

– 2ml de água sanitária por litro de água são suficientes para o combate das larvas do mosquito da dengue.

– Visando garantir que a solução continue efetiva, a aplicação deve ser repetida semanalmente.

– Além dessas aplicações, deve-se manter as atividades de remoção e proteção dos potenciais criadouros.

– Recomenda-se a utilização de água sanitária nos seguintes locais:

  • Vasos sanitários de uso esporádico: 1 colher de chá (5ml) de água sanitária
  • Caixa de descarga sanitária de uso esporádico: 2 colheres de sopa (30ml) de água sanitária
  • Ralos externos e internos de uso esporádico: 1 colher de sopa (15ml) de água sanitária
  • Tambores de armazenamento (200 litros) de água não utilizada para consumo humano: 2 copos americanos (400ml) de água sanitária
  • Bromélia: preparar previamente uma solução com 1 colher de café (2ml) para cada litro de água e preencher os locais onde acumulam água.

Até saco de lixo que repele

A maioria dos insetos é atraída pelo cheiro de comida podre. Por isso é muito importante a retirada periódica do lixo. Já existe no mercado até mesmo um saco de lixo que repele insetos; A utilização de sacolas repelentes pode afastar esses insetos e sua proliferação nos ambientes, proporcionando um ambiente mais agradável neste verão.

“O Embalixo Repelente foi desenvolvido com uma tecnologia que inibe o mau cheiro. Com fragrância característica, ele bloqueia o mau odor e tem uma fórmula exclusiva com citronela, menta, limão e cravo”, detalha Rafael Costa, diretor comercial da marca.

Com Assessorias

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